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Prática

Billig-PushTo para o telescópio dobsoniano

Uma bússola cartográfica simples com luneta rotativa como sistema de navegação azimutal e que funciona — até mesmo com uma precisão de 1 grau! Não é necessário alinhar.

Goniómetro, bússola e duas réguas: é tudo o que
precisa para o seu Billig-PushTo. J. W. Roberts Goniómetro, bússola e duas réguas: é tudo o que precisa para o seu Billig-PushTo. J. W. Roberts

Para nós, “dobsonianos”, a doutrina pura é, evidentemente, o “star-hopping”. Mas com “saltos” muito grandes ou objetos pouco luminosos, por vezes gostaríamos de saber se estamos no local certo. Para isso, podemos equipar o telescópio dobsoniano com círculos graduados digitais e uma solução GoTo ou PushTo. Seria uma ótima solução, mas existe outra mais económica: só precisa de um goniómetro montado no tubo para a altitude e uma bússola para o azimute.

Pegue numa bússola cartográfica simples, isto é, sem mira nem espelho, mas com uma luneta rotativa. A graduação deve ser em graus e não em horas; recomendamos as bússolas em bolha de líquido. Uma bússola deste género não deve custar mais de 20 euros. Na montagem dobsoniana coloca-se um suporte para o compasso paralelo ao tubo. Utilizei duas réguas que prendi com tiras adesivas.

O funcionamento é muito simples: os valores atuais para o respetivo “objeto cobiçado” são obtidos a partir de uma aplicação de astronomia. De seguida, ajusta-se o azimute pretendido na luneta, coloca-se a bússola nas calhas de guia e roda-se o telescópio dobsoniano até que a rosa dos ventos ou a agulha da bússola fique paralela à luneta — e já está!

Mas atenção: primeiro, o norte magnético desvia-se do norte geográfico consoante a localização e, em segundo lugar, o tubo de alguns telescópios dobsonianos é feito de chapa de aço, o que pode causar deflexão. No entanto, esta deflexão é reduzida a zero se o tubo for posicionado na horizontal para o distanciar temporariamente da bússola. Quem quiser, pode controlar a deflexão utilizando uma estrela-guia próxima.

A precisão é de cerca de 0,5 a 1 grau — mais do que suficiente para a observação visual. E talvez o melhor disto tudo: não precisa de fazer o alinhamento! E agora divirta-se com o “PushTo-Navigation on a Shoestring”.

Autor: Jan Willem Robert / Licença: Oculum-Verlag GmbH

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